O dilema do inovador: o problema das empresas estabelecidas

by Estelle

O dilema do inovador descreve a dificuldade das empresas estabelecidas em integrar inovações disruptivas. Saiba mais sobre as causas, os desafios e as possíveis soluções para as empresas.

O que é o dilema do inovador?

O «Dilema do Inovador» descreve um desafio que as empresas estabelecidas enfrentam quando tentam integrar inovações disruptivas nos seus modelos de negócio. O principal problema é que, devido às suas estratégias de sucesso anteriores, estas empresas têm poucos incentivos para adotar tecnologias radicalmente novas, uma vez que estas são frequentemente menos rentáveis no início e só têm sucesso em nichos de mercado. Elementos centrais do dilema:

  • Tecnologias disruptivas são geralmente inovações tecnológicas que inicialmente atraem grupos-alvo menores, são mais baratas e funcionam de forma mais simples, mas têm o potencial de mudar fundamentalmente o mercado.
  • As empresas de sucesso tendem a concentrar-se em inovações incrementais para melhorar os seus produtos atuais, o que geralmente as impede de se adaptarem a tecnologias radicalmente diferentes.
  • A principal razão para o insucesso neste contexto é o foco nas necessidades dos clientes existentes, que muitas vezes estão interessados em otimizações dos produtos atuais, mas não nas inovações novas e ainda imaturas.

Por que o dilema do inovador é tão desafiador?

O conceito foi apresentado pela primeira vez por Clayton Christensen em 1997, no seu livro “The Innovator’s Dilemma” (O dilema do inovador).

  • Ele explicou que as grandes empresas muitas vezes permanecem líderes de mercado porque apostam nos desejos dos seus clientes habituais e podem perder as fases iniciais das tecnologias disruptivas, que geralmente começam em nichos pequenos e menos lucrativos.
  • Só mais tarde, quando a inovação está madura, é que elas podem substituir completamente o mercado – muitas vezes tarde demais.
  • Exemplos disso são a substituição das siderurgias integradas pelas mini-siderurgias ou a ascensão dos smartphones, em que a Apple e a Samsung ultrapassaram os fabricantes tradicionais de telemóveis, como a Nokia.
  • Neste caso, os primeiros smartphones são geralmente caros e destinam-se a clientes com afinidade tecnológica – um exemplo de como as inovações disruptivas começam inicialmente no segmento superior do mercado e depois conquistam o mercado de massa.

    Como podem as empresas superar o dilema do inovador?

    Apesar dos desafios, existem estratégias que as empresas podem adotar para superar o dilema do inovador e investir com sucesso em tecnologias disruptivas.

    • As empresas que pretendem superar o «dilema do inovador» devem criar unidades próprias e independentes para tecnologias disruptivas, estabelecer parcerias e cooperações, investir estrategicamente em investigação e desenvolvimento e promover uma cultura de inovação que apoie a disposição para assumir riscos e a vontade de experimentar.
    • Conclusão: o «dilema do inovador» mostra que mesmo o sucesso e a inovação podem representar um risco para a liderança de mercado se tecnologias radicais não forem reconhecidas e integradas a tempo. A ação precoce, as inovações estratégicas em novas unidades de negócio e uma cultura empresarial aberta são decisivas para dominar a mudança e sobreviver a longo prazo.

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