ChatGPT: As minhas experiências com o chatbot de IA

Tive a minha própria experiência com o ChatGPT. O bot está a dar que falar e é claro que eu queria saber o que é que se passa.

A minha experiência com o ChatGPT

ChatGPT é suposto ser útil para resumir e também traduzir textos, encontrar argumentos sobre determinados tópicos e, de um modo geral, fazer experiências com a língua. Por isso, também quis “falar” com o chatbot uma vez.

• Estava principalmente interessado em saber se as respostas do ChatGPT eram correctas, sensatas ou criativas. Quanto à primeira, só posso dizer que o conhecimento do ChatGPT está limitado ao ano de 2021 e que o bot cria afirmações com base em probabilidades. Isto não significa que ele forneça respostas correctas. Por conseguinte, estas respostas também devem ser encaradas com alguma cautela. O que foi interessante para mim foi o facto de a IA referir repetidamente a forma como gera as suas afirmações e que nunca se deve confiar totalmente nelas.
• As inteligências artificiais também são frequentemente associadas à criatividade. No entanto, tal como o termo “inteligência”, “criatividade” é um conceito frágil e subjetivo. Para mim, em todo o caso, as respostas do ChatGPT não foram nada criativas. Uma história curta imaginativa do chatbot soa-me a nada mais do que uma sequência aborrecida de frases principais, e um poema parece exatamente o que é: uma construção de palavras baseada em probabilidades. Se eu quiser ouvir algo poético sobre o amor, surgem frequentemente palavras como “coração”, “alegria” ou até “tristeza”.

A minha conclusão sobre o ChatGPT

Eu tinha os gritos de entusiasmo de algumas pessoas e os cenários de terror de outras a soar nos meus ouvidos enquanto olhava para o ChatGPT.

• Não consigo perceber toda esta excitação. É claro que um chatbot deste género é certamente um avanço na investigação da IA. Mas para mim, pessoalmente, o ChatGPT não muda nada.
• Não sinto que toda a escrita possa ser feita por mim pelo bot sem que eu tenha de estar constantemente a verificar o que ele diz. Para além do facto de que eu nunca faria passar os textos de uma IA como meus.
• Talvez eu próprio não seja suficientemente inteligente para perceber o verdadeiro potencial do ChatGPT. Talvez eu esteja errado daqui a alguns anos. Mas, para já, não tenho esperança nem me preocupo que o chatbot vá mudar alguma coisa.